LC Guimarães
texto, voz, guitarra, teclado, sons ambientes
Felipe Oliveira
percussão, synths, violoncelo, sons ambientes, produção

Alma

O fim do seu nome.
O fim da sua personalidade
O fim do desejo
É assustador o vazio
Em desespero constante preenchendo este vazio com drogas e álcool
Compras raivosas
Viagens, uma, duas, três voltas ao mundo
Companhias, trabalho, amores incompreensivos…
Misticismo, religião, arte, sexo! Muito sexo…
Provar novos sabores… Comer e dormir. E acordando sempre insaciado
Guardando a insatisfação lá no fundo
Obscurecendo tudo na repetição desta roda… momento a momento
Como assusta o vazio, como assusta perder o norte da individualidade
Se não tenho a personalidade sou nada, um ninguém. Sem rosto, uma sombra
Então é melhor ser um escravo
Dos grilhões do medo de perder uma vida miserável, tediosa e segura, preso até o fim deste corpo ao desejo.
Pronto, é assim? Pensa logo existe? Falácia! Incompleto!
Não há ego e se procura um EU… Só verá uma nova personalidade que se apodera do velho mundo
O transforma em novo… E cai na roda novamente…
Mas se não existe nada, não sou ninguém?! O que resta então?
A libertação
O todo
Pode ser o que quiser e ao mesmo tempo não ser nada, pois não há apego
Pode ter tudo, sem possuir nada… pois quem cuida de tudo é o todo
Eu só atravesso eloquente, aproveito o momento, usufruo a seiva cheia de vida,
E logo me despeço… O que for ficando no caminho… Aí sim! Esta é a sua Alma