Me Chama

Hoje abro um sorriso
Com o peito aberto
Coberto por secas flores
De narciso
De mil cores

A amor que ontem
Parecia morto
E enterrado
Retorna ao homem
Que em um caixão
Estava lacrado

Morte parecia
Eterna moradia
Agora vida parece
Belo drama a quem merece
Iluminado pela chama
Que havia esquecido
Nunca perece

Sim, me chama
Chamo sim

Ver ou não ver
Eis a questão
Pois ser ou não ser
É pergunta em vão

Sou eu luz?
Ou sou eu chama?
Isso se pergunta
Quando se esquece
Que se ama

Felipe Oliveira
texto, voz, synths, sons ambientes, produção
LC Guimarães
guitarras, baixo