Esta dor insólita
Faltas do corpo? Por que falta?
Réu e Juiz sempre no mesmo lugar, eu e você
Juntos no mesmo barco, Um oceano e um nevoeiro
Esperando… Esperando
As vezes vejo o sol opaco, as vezes a lua pintando seu olhar
Suportando o açoite da tempestade,
Ofendendo a dor, dizendo…
“Sua puta fudida acabe comigo agora!!”
E nada… Nada…
O fogo do sol me traz uma única voz que afirma,
Segue homem, segue homem
A alma não sangra, a alma queima, meu orgulho, minha vaidade
A morte é mais útil!
Na ponta da lança do destino, que insisto em chamar de momento,
Contrariando o que realmente não sou, isto é paz?!
Não atendo mais ao velho pensamento
Nem juiz… Nem réu.
LC Guimarães
texto, voz, guitarra, teclado, sons ambientes
Felipe Oliveira
percussão, synths, violoncelo, sons ambientes, produção