O filho do diabo
Todo poderoso
Do céu e da terra
Se aproximou e disse:
Posso entrar aí?
(Formalidade de malandro).
Como não, a casa é sua!
Esparrame-se pelo assoalho,
Por baixo e por cima
Do tapete da alma.
Aí pela mesa também,
E dentro do cálice.
Goteje pela borda
E que as gotas evaporem ao cair,
Provando sua essência elemental.
Camaleão
De cores finitas
Pra disfarçar
O infinito.
Ainda aflito?
Já não.
Atingiu a meta?
Aí está,
Entrou diabo
E saiu poeta.